Sébastião Salgado morre serenamente aos 81 anos, após realizar inúmeras conquistas ambientais como fotógrafo alegórico da Segunda Guerra Mundial.
Este fotojornalista pioneiro Sébastião Salgado faleceu em 23 de maio de 2025. Ao saber da notícia, ele completou hoje 81 anos. A organização ambiental Instituto Terra, cofundada por ele e sua esposa, Lelia Wanick Salgado, confirmou sua morte. A causa da morte ainda não foi divulgada.
O mundo moderno conhecia Salgado como um dos melhores fotógrafos vivos. Com o mundo como palco, a empatia em seu olhar e a câmera na mão, ele retratou os aspectos mais impressionantes e terríveis da humanidade. Sejam as criaturas marinhas em sofrimento ou as pessoas enfrentando cruelmente as terríveis condições em terra.
Em 1944, ele nasceu no Brasil, em Aimorés, onde mais tarde se formou em economia. Isso foi muito antes de a vida o perseguir com a paixão pela fotografia na década de 1970. Acontece que esses hobbies o levaram a zonas devastadas pela guerra, à África assolada pela fome, bem como a florestas tropicais isoladas. Aonde quer que fosse, Salgado tinha como missão capturar os lados mais pitorescos, porém vulneráveis, da humanidade, transformando-os em arte.
Seus inúmeros trabalhos incluem:
- Trabalhadores (1993): Um testemunho que celebra os heróis anônimos do nosso tempo: mineiros de carvão, metalúrgicos e cortadores de açúcar, capturando o poder absoluto do trabalho físico.
- Migrações (2000): Um dos primeiros filmes a destacar a questão dos movimentos populacionais, é profundo ao lidar com refugiados e migrantes urbanos em relação a guerras, pobreza crônica e globalização desenfreada.
- Gênesis (2013): Talvez o tributo mais marcante à contemplação da natureza intocada e dos povos que vivem nos cantos mais distantes do globo, tematicamente vinculados pelas imagens.
- Amazônia (2021): Esta representação artística da região amazônica celebra a extraordinária biodiversidade e as culturas indígenas da região, ao mesmo tempo em que defende a necessidade de preservação ambiental.
De Testemunha a Restaurador
Muitas pessoas se lembram de Salgado por suas fotografias. No entanto, poucos consideram o trabalho de Salgado como um testemunho claro de sua preocupação — não apenas com os assuntos mundiais, mas também com o bem-estar da natureza. Em 1998, alarmado com a degradação do meio ambiente em sua província natal, no Brasil, ele e sua esposa fundaram o Instituto Terra. Este intrincado modelo de restauração de habitats tornou-se uma referência para esforços de reflorestamento de base ecológica em todo o mundo.
Minha razão é o planeta e as pessoas que vivem nele — é assim que Salgado resume minha vida na fotografia.
Últimos Anos de Vida
Em suas reminiscências, Salgado observou que lesões crônicas na coluna vertebral causadas pela explosão de uma mina terrestre em Moçambique em 1974, juntamente com um distúrbio sanguíneo contraído após sofrer de malária na Indonésia, exigiram sua aposentadoria do trabalho de campo em 2024 devido a problemas de saúde contínuos. No entanto, ele não se afastou totalmente do trabalho de campo, pois o trabalho de curadoria, a publicação de livros e o desenvolvimento de projetos do Instituto Terra o mantiveram ocupado.
Para muitos que perceberam problemas sociais e um poderoso modelo de advocacy emoldurado pela fotografia profissional, a perda de Salgado marcou muito mais do que um nome icônico em mapas-múndi adornados com fotografias.
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Um Legado Perene
Ele ainda é um dos mais condecorados, em suas versões, e entre elas, o Romancista da Boa Vontade da UNESCO para a Ecologia, a Medalha do Centenário da Royal Photographic Society, o Prêmio das Astúrias para as Artes e o British Journal of Photography, concedidos mais recentemente. Suas exposições continuam sendo exibidas em diversas galerias e instituições ao redor do mundo.
Salgado deixa a esposa, companheira de vida antes da falecida Lélia Wanick, e os filhos, a quem ele e Pour tanto desejavam que a fotografia pudesse ser usada para combater questões sociais e ambientais.
Ao prestarmos homenagem a Salgado, não apenas apreciamos as fotografias cativantes que ele tirou, mas também refletimos profundamente sobre sua gentil representação do homem e da natureza, que permanece uma lição notável.